Solucionar disputas complexas exige a compreensão profunda dos interesses e necessidades dos envolvidos, o mapeamento do espectro de possibilidades e limites, o desenho de um processo eficiente de comunicação, a aplicação de uma inteligência criativa e otimista, e o resiliente tempero dos ímpetos e emoções humanas.

Autenticidade é uma qualidade essencial em uma negociação. Quando a contraparte percebe que você está sendo genuíno, isso destrava a negociação e abre portas.

Um grande negociador é aquele que consegue capturar o máximo de valor que tem na mesa, mantendo um bom relacionamento.

Um bom mediador é aquele que aprende das partes com humildade e educa com empatia.

A prevenção de conflitos tem três pilares: (i) identificar causas-raízes; (ii) fortalecer a confiança e melhorar o relacionamento com as partes interessadas e afetadas; e (iii) intervir rapidamente quando o conflito surge.

O melhor foco é no seu propósito — conseguir aquilo que te trouxe para a mesa ou para a disputa. Ele pode ser atingido por um método consensual, um acordo, ou por um método adversarial, uma sentença. O importante é não ficar preso ao método, mas atingir os seus objetivos com o menor custo — seja financeiro, energia ou emocional.

Em situações extremas ou complexas, como indenizações em casos de crises, uma proposta financeira pode não ser suficiente para se alcançar um acordo. É preciso dar vida ao princípio da ‘justiça procedimental’: construir um processo com atores que garantam que as partes sejam ouvidas, que saibam lidar com emoções, que expliquem com clareza os critérios adotados, e que gerem nas partes o sentimento de que participaram da construção do acordo.